Oktoberfest 2008 | 15/10/2008 23h33min
O empresário Carlos Quintella, 53 anos, divide o tempo à frente de uma empresa de logística com um hobbie que já dura 25 anos. Ele coleciona itens ligados à cerveja, como rótulos, latinhas, tampinhas, abridores e garrafas. Uma pequena amostra de acervo - que chega a 70 mil objetos - está exposta na Rua Humberto de Campos, ao lado do Galegão, próximo à passarela que liga o ginásio ao Parque Vila Germânica, desde o início da Oktoberfest. Lá, os foliões podem conhecer mais de 50 rótulos de cervejas de todo o mundo, de marcas de países como Alemanha, Mongólia, Egito e Suécia, entre outros. Da cidade de Bebedouro, em São Paulo, onde mora e guarda a coleção, Quintella falou com a reportagem do Santa, por telefone, sobre a paixão pela história da cerveja. Os objetos podem ser vistos em qualquer horário, até o fim da festa.
Jornal de Santa Catarina - Como você começou a coleção?
Carlos Quintella - Comecei a colecionar em 1983, há 25 anos, quando
fazia visitas no navio da empresa que
eu trabalhava em Santos e ganhava latas importadas do comandante do navio. Aí, peguei essas latas e comecei a guardar num barzinho, em casa. Quando vi, não parava mais. Então, nos anos seguintes começou a entrar muita lata diferente no país e, em seguida, também muita lata brasileira comemorativa. Aí, não consegui mais deixar de colecionar, e parti também para bolachas de chope, rótulos de cerveja, long necks, entre outras coisas.
Santa - Onde você guarda a coleção? São quantos itens?
Quintella - Eu tenho um pub, que montei dentro de casa, em Bebedouro, em São Paulo. Tenho um dos maiores acervos do Brasil. É uma coleção muito bacana. Passam de 70 mil objetos. Não sei exatamente quantos, até porque eu parei de ter controle porque todo dia chega coisa nova. Eu viajo muito e ganho muita coisa. Quando estou em São Paulo, estou procurando, quando estou no Rio de Janeiro, estou procurando, enfim, onde eu vou, estou de olho em coisas
novas.
Santa - Tem alguma peça que
você gosta mais ou lhe chama mais atenção?
Quintella - Tem muitos itens que eu tenho um carinho especial porque as pessoas que me deram são pessoas que fizeram parte da história da cerveja e dispuseram de peças que tinham guardado em casa, coisas pessoais. Mas são tantos. Isso tudo dentro da minha casa. Mas também não é toda a coleção que está exposta, né, porque senão eu ia ter que mandar a minha esposa embora (risos).
Santa - Com tanta latinha, rótulos e garrafas em casa, sobra espaço para a família morar?
Quintella - (risos) A coleção não atrapalha nada, é um ambiente totalmente independente. Tenho três filhos, mas duas são casadas e não moram mais comigo, só o meu filho de 25 anos. Ele vai pegar a coleção de herança (risos). Ele também se interessa. Na verdade, todo mundo gosta e, quando chega em minha casa e vê, acha uma loucura.
Santa - O pub é só para expor as cervejas
ou dá pra beber também?
Quintella - (risos) Eu tenho
minha própria cerveja artesanal, que faço em casa. Comecei a produzir pra servir nesse barzinho. Aí, quem vinha começou a pedir pra levar e acabou que hoje eu produzo 1,2 mil garrafas por mês, em quatro sabores, para revender.
Santa - Você já visitou alguma vez a Oktoberfest?
Quintella - Nunca fui à festa. Mas vou passar aí quinta-feira (amanhã), para uma entrevista coletiva, às 14h, na Vila Germânica. Infelizmente, não vou poder ficar muito tempo porque tenho outro compromisso em Porto Alegre, no dia seguinte. Vou receber uma comitiva da Alemanha que vem para um encontro de colecionadores. Mas tenho muita curiosidade e sei também que é uma festa muito bonita.
rafael.waltrick@santa.com.br
Empresário vem a Blumenau, onde fala com jornalistas sobre a coleção de 70 mil objetos
Foto:
Divulgação
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